terça-feira, 8 de outubro de 2019

Templo dos amores infinitos

retornar ao vaso, templo de amores infinitos ... 

incognoscível sentimento 
num instante sem ponteiros 
horas sem compassos, 

tudo é só silêncio 

e é aí que se sabe do pleno 
e este, é o "ser e estar" que esse calar se configura 
e tornar a fonte, o ponto de partida 
no mesmo instante da chegada 
nesse espaço e breve corpo assumido 

pleno é ser e poder estar quando se quer
e querer é também não desejar o que se pensa 
e pensar é sentir sem saber 
é ...o contraponto que se assemelha convertendo-se 
isso, ah!!! cabe em tudo! 

porque há dois e nele, o um que se repartiu 
para expressar-lhe a diversidade da face única 
e soma e se anela formando o Todo 

não, não se ‘pode deixar pra lá 
nada, desse inominável acolhimento 
mesmo que arranhe e arraste por dentro certos momentos, 
espaços e tempos vividos ... 

vida incontida e não nos contendo 
levando-nos ao terno desse eterno indizível 
nem sempre sentido e jamais pensado 
por querer, tão somente, deixar que a natureza 
da mente que é isso mesmo, 
viva, ela, o que é 

ser tão somente, eis o prenúncio de todo o ser 
ou a parte que denuncia a unidade ... 

... eis a nós, eu e você! 

Kátia de Souza 
08-10-2019