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Imagem via Google |
Olhos para quê, se verso meu poema torto sem avenidas ou luzes de luar?
Olhos para quê, se penso o que deixei e nisso volto a me apegar?
Olhos para quê se são as palavras na justa tentativa de ficar?
Olhos que voam espalhando tudo que deixou de ver? Olhos que veem, e pairam sobrevoando meu louco intento de achar que penso? Olhos de sentir, para onde remam esses barcos nesses mares sem destinos? Olhos que deslizam meu sonos, adormecendo meus sentidos? Olhos, ah olhos... para quê?
(Kátia de Souza)
11-12-2019