![]() |
imagem via Google |
Todo "por que" é um gigante e volumoso,
desses que se espalham quando sentam na cabeça da gente.
E todo "porque" é anão, raquítico, estreitando o peito
e varrendo qualquer espaço que caiba mais qualquer coisa.
É apertado e tão frágil que se desfaz na memória quando chega o amanhã.
"Por que", é fome que mata a gente de cansaço e leva a exaustão
isto, se não fosse os "porquês" do meio que abrem os pulmões, até daqui a pouco.
É estranho, mas há uma escola interrogando e outra explicando
numa sequência infinita
feito pontos que se unem formando linha... traço que se alinha
ao sujeito e "predicaliza" no horizonte
ou se encontra na vertical daquela ponte
entre o que se pensa e se desfaz
nas águas de um rio, sem nome.
Por quê? Porque talvez seja, indiferente pensar
quando no jogo todo resta somente você,
este todo incoerente achando que encontrou todos os porquês!
(Kátia de Souza)
14-12-2019