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é tão pouco o gesto que nos falta
e também é dura essa mão que larga,
se desprende do real entendido
para ser no que sente desconhecido
solta, flutua e permite
tão pouco é o que nos falta
tão largo é o silente
à margem, os olhos se acalmam
mas, na pele nada se sente
permitir-se cair no sono do afeto
é sair do abandono inteligível
... sou o barco ancorado em teu peito
mãos do real compreensível!
Kátia de Souza
(07-12-2019)