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Imagem via Pixabay |
Quando passei adiante desfigurando o já sabido,
vi espelhos fluidos
flutuando em vielas reconhecíveis... o lar
inaudível voz a vibrar
feito música, som sem palavras, a entoar
"De onde venho passo adiante
formas, tempo e qualquer lugar
sem conchas ou pérolas, me detenho
às mãos que esperam até mesmo um olhar,
estas a esquerda são firmes, retas e quebradiças
mas, que dancem em destros movimentos
não há gestos escondidos
soltos são, todos, pelo ar
À todos que em si couberem, apenas sopros
reencontram-se em cada gota desse corpo em doação
asas que planam não perdem tempo
alimentam a chama do não ver
por isso,
voam e pousam em ventura seus lamentos
calam, segredam e nomeiam os vãos
que é puro canto
de vagos semblantes e só silêncios!"
(Kátia de Souza)
07-12-2019