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| Imagem via Pixabay |
Em algum vago momento
haverá de dizer esse sopro em movimento...
"não há fonte alguma que lhe detenha,
nem porta alguma a atravessar,
tudo lhe é disposto segundo, tuas vistas
e o solo por onde decidir passar
Tingido por contornos os mais estranhos
reconhecíveis ou distantes da compreensão,
são eles das tuas mãos presentes,
são eles desse chão, sementes
e destes que se foram, mas também dos que virão
Tua imagem é esta do tal sem tempo
que fica, assiste o colidir do vento,
que sopra em direções e movimentos,
que não cabe em teu pequeno entendimento,
mas vibra em sussurros, intuição...
quando, nele, for mais que o colidir
e viver sua inerente, expressão
verás do solo e céu, então, cair
o gosto daquilo que no sempre esteve aí!"
(Kátia de Souza)
08-01-2020
