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| Imagem via Google desconheço a autoria |
Agora compreendo a tua dança sobre mim,
Sobre meu corpo, pele
e apertando, contraindo-se para sair
desse pequenino contorno que lhe concedi
entre versos que não te dizem ou espelham,
deformam-te e nisso, sinto o versejar do teu silêncio
Enquanto o irreal se cala para conceder-lhe o canto
Vaga criança minha por entre as frestas do teu saber
Tua existência é toda minha submissão
Que se converge para dentro e em ti somando-nos
Sabendo-nos e elevando-nos ao que não é dito
Calado e segredado, é essa nossa permissão
Para então, vivermos a plena confiança
E nesses mares em ondas navegar, não apenas águas
Mas sóis imensos onde ativos criamos, toda a paisagem
Lindo é poder em ti calar
Entre tantos momentos sufocantes de sentidos!
(Kátia de Souza)
23-02-2020
