![]() |
Imagem via Google desconheço a autoria |
Tenho pinturas guardadas
Em cofres abertos sem trancas
Deixo-as expostas aos meus olhos
E nelas desenho meu passo inconstante
Meu barco incoerente de querer voar
Passos em céus com gotas de plumas
Tudo assim, junto e distorcendo-se
No retorcer-se com esse mundo sem encaixe
Vendo-se a si mesmo ,
olhos que se declamam neles mesmos
Em palavras ao relento
Banhadas de estrelas e ares diversos
Estações que as recobrem
Com todo o seu gélido ou árido contentamento
Completude esta, incompreensível
E prenha de tanto e tudo além do verbo
e nele todo o ser!
(Kátia de Souza)
23-02-2020