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Imagem via Google - desconheço a autoria |
De onde vem a segura confiança do um
nasce também, algo controverso;
versa o poema e a palavra inteira
na inteireza desse momento
construído pelo sentido que vê
na concretude do que vive, além do instante
É fato que não há "o comum"
somos estranhos, desconhecidos, todos... e qualquer um
Vivemos realidades diversas e somos mundos diferentes
Acreditamos na visão igual ou pelo menos, semelhante
e na compreensão do que se vê,
mas o que se vê não é o mesmo daquele outro
quando vê o que você viu ...e aí, toda a confusão;
Dois mundos em choque ou encontro
cabe a noção ou compreensão das diferenças
e “fazer acontecer” o conflito ou a comunhão
decisão que nem sempre cabe aos olhos abertos
então, na penumbra caminham nossos gestos
crendo que comungamos e na verdade
paralelizamos, na maior parte das vezes, tudo
o que se comunga, não se sabe e não é pouco
mas tudo do paralelo se encontraria, comungaria
se nisso o vê pousasse... será?
não se sabe, pois, quando se souber,
talvez não haja mais diferenças a contar
então, esses versos deixarão de existir e estarão por aí
no coração de todos, sem precisar desse dizer, todo
Convergir é algo que requer maestria
e saber-se outro para ir de encontro ao que não é você
ou deixar os choques, conflitos em si e ali fora
também mostrar e a nós, dizer
contudo, o que se faz
quando na obra, completa e inteira
jaz em si a ideia de confrontos
e versa apenas vontades de encontros?
então, diz aí, o que fazer?