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Imagem via Google - desconheço a autoria |
está aí o pouco assistido em mim
a implic[ação] que me doo em versos permitidos
na verdade, paridos de mim
porque fecundo é o ventre, vaso inviolável pelo sagrado
e nisso parir... (sua natureza de trazer ao mundo)
tudo isso aqui, sim
para dizer do ser nesse "nós" nem sempre concebível
pois no todo inalcançável, não cabe a visão
não alcança a compreensão e entender, passa longe
afinal, distante é quando se põe grandioso,
por isso, traga o "nós"...
... é nele todo esse sentido esquecido
este que cabe em tanto espaço... o todo
(o grande e o pequeno, o simples e o glamouroso,
suave e intenso, sutil e denso, eu e você)
sumindo, desaparecendo, para ficar um só, composto
chama para dentro ...e sinta
arde em ebulição essa voz que já sabes
dilui em solução aquosa antes, as pretensões
e quando explícito, polido raro[efeito] atingido
dito no viver já percebido
(acontecendo em cada rua, esquina,viela, alameda ou avenida;
coisas que se perdem no infinito em nós e nas lembranças mantidas)
traga à mesa
a cria desse sentido e permita o recriar
o brilho do "nós" iluminando ...e na luz
a moagem e o ressurgir do grão,
sem nada separar... o verdadeiro, trigo!
Kátia de Souza
10-03-2020