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Imagem via Google desconheço o autor da ilustração |
O MITO DA CAVERNA
DESTACO: "Aquele que consegue se libertar (consciência cósmica) descobre que é o ‘senhor’ de seu próprio destino. Claro que paga-se um alto preço por esta ousadia, atrevimento, de discordar da grande maioria acorrentada.
Começa-se um caminho solitário de desconstrução, do desaprender, do desapego, para um 'renascimento espiritual' ou “morte do homem velho e renascimento de um homem novo” (Paulo). A partir daí, um eterno ‘vir a ser’, um eterno aprendiz. “Tudo o que sei é que nada sei – ‘maiêutica’ ou parto das ideias, ou busca da sabedoria” (Sócrates)."
.................................................................................O Mito da Caverna - Platão
O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.
Se escapasse da caverna e alcançasse o mundo luminoso da realidade, ficaria livre da ilusão. Mas, estando acostumado às sombras, às ilusões, teria de habituar os olhos à visão do real: primeiro olharia as estrelas da noite, depois as imagens das coisas refletidas nas águas tranquilas, até que pudesse encarar diretamente o Sol e enxergar a fonte de toda a luminosidade.
Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.
O que Platão quis dizer com o mito
Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.
Estando o Ego no domínio, ao que a consciência coletiva determina de certo e errado. Presa e identificada a papéis sociais, a bens materiais, aos seus próprios complexos que determinam sua vida. Julga-se, ou tem a ilusão, de ser dono de sua própria vida. Mas na verdade está presa ao 'destino', a um círculo vicioso de ação e reação determinístico.
Aquele que consegue se libertar (consciência cósmica) descobre que é o ‘senhor’ de seu próprio destino. Claro que paga-se um alto preço por esta ousadia, atrevimento, de discordar da grande maioria acorrentada.
Começa-se um caminho solitário de desconstrução, do desaprender, do desapego, para um 'renascimento espiritual' ou “morte do homem velho e renascimento de um homem novo” (Paulo). A partir daí, um eterno ‘vir a ser’, um eterno aprendiz. “Tudo o que sei é que nada sei – ‘maiêutica’ ou parto das ideias, ou busca da sabedoria” (Sócrates). João Januário Martins (Jung Psicologia Transpessoal)