Arcanos da Musa

Ir além do que se pode tocar e presenciar-se além das palavras! (Kátia de Souza)

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domingo, 1 de março de 2020

Palavras de avó: quando uma mulher estiver triste o melhor a fazer é trançar o seu cabelo

Imagem via HAIRSTORY
desconheço a autoria
Palavras de avó: 
quando uma mulher estiver triste o melhor a fazer é trançar o seu cabelo


          O texto é de Paola Klug, escritora e bruxa da palavra, com tradução de Rui Sá:


          "A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo. Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa. Porque a tristeza gosta do sabor amargo.

          Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.

          Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.

          E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…"

fonte original do texto acima: (https://www.cadaminuto.com.br/noticia/354894/2020/02/28/palavras-de-avo-quando-uma-mulher-estiver-triste-o-melhor-a-fazer-e-trancar-o-seu-cabelo?)
e via página Lúcia Helena Galvão, no facebook - https://www.facebook.com/luciahelenapoesia/
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          Indiscutivelmente, as tradições capilares mais ricas foram sustentadas  desde suas origens,  na África. As culturas tribais dotavam os cabelos de significado espiritual e imenso poder. Como a parte mais elevada do corpo, acreditava-se que o cabelo era o canal para deuses e espíritos alcançarem a alma. Os cabeleireiros eram membros de confiança da sociedade, mulheres idosas, familiares ou amigos íntimos com os quais os laços tribais podiam ser cimentados, e os rituais de preparação costumavam durar várias horas, até vários dias.

          Como a parte mais elevada do corpo, acreditava-se que o cabelo era o canal para deuses e espíritos alcançarem a alma. 

          Torcer, trançar, enfeitar e arrumar também forjaram laços significativos entre idosos e crianças, e as técnicas tradicionais foram assim transmitidas ao longo de gerações. Os costumes de trança eram serviço ritual e social, mas não exigiam recompensa ou pagamento; de fato, foi azar oferecer agradecimentos.

          Cabelos soltos podem indicar falta de higiene e arrumação, enquanto o cuidado com a saúde mostra boas maneira; cerimônias para os mortos são o único momento aceitável para deixar os cabelos soltos. Na prática, o fogo e as danças de fogo costumam fazer parte dos rituais sociais, e o cabelo trançado o mantém mais protegido das chamas.

          Os detalhes variam de tribo para tribo: as mulheres Mangbetu entrançam os cabelos e organizam os cabelos em molduras de cestas em forma de cone decoradas com agulhas de ossos. As mulheres Miango decoram tranças com lenços e folhas. Os homens massai os enrijecem com esterco animal, e as mulheres himba misturam ocre vermelho, manteiga, cinzas e ervas para revesti-los; uma menina tem direito a apenas duas tranças e adquire mais uma quando se casa. Os homens Himba usam uma trança e amarram-na em um turbante após o casamento. As mulheres Mbalantu colocam casca de árvore e óleo finamente moídos no cabelo a partir dos 12 anos para ajudá-lo a crescer longo e grosso, e trançam-no em cocares elaborados ao longo de suas vidas. 


          As crenças tribais africanas comuns incluem: O cabelo deve ser cortado na lua cheia para que cresça mais; duas pessoas que trançam os cabelos de uma pessoa ao mesmo tempo podem resultar na morte de um cabeleireiro; as mulheres grávidas não devem trançar os cabelos dos outros; o cabelo não deve ser penteado ou trançado ao ar livre.

          Torcer, trançar, enfeitar e arrumar também forjaram laços significativos entre idosos e crianças, e as técnicas tradicionais foram assim transmitidas ao longo de gerações.




(fonte original das informações: https://www.hairstory.com/stories/2017/08/22/hairstudies-braids-dreads/)




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Kátia de Souza
Criciúma, Santa Catarina, Brazil
‎Minha formação é em Psicologia, e atuei na área desde 1998, principalmente na área da Psicopatologia. Faço atendimento, hoje, on line para adultos, principalmente, além de me dedicar ao trabalho como canalizadora no canal Céu e Raiz. Escrevo desde a infância, quando meu interesse por livros e a escrita ficou mais intenso e desde então, adquiri o hábito de escrever poemas e reflexões. No dia 14-06-2019, lancei meu primeiro livro de poesias - "A Musa" - inspirado sem dúvida em muitos amigos, experiências com a escrita, estudos e minhas inquietações íntimas. E esta é apenas uma forma de me ver, sentir e revelar onde os "arcanos" falam por mim, dizem mais do que qualquer palavra e por isso, o nome do blog é "Arcanos da Musa" (reflexos de uma alma, formas representativas de me revelar e sentir). Por agora, é só, mas o movimento não cessa e por isso, afirmo sempre - nada me define e tudo em mim agrego. Fiquem a vontade em meu escritos e sentires, através da escrita porque "quando as letras tocam um coração, é porque, elas, as letras, encontraram o rumo de casa".(Kátia de Souza)
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