sexta-feira, 24 de abril de 2020

Rotundum em nós

Imagem via Flickr
desconheço a autoria
Como te recebo se nada sei de ti? 
Como saber-te se só me vejo ali? 

É tanto que se interroga que deixa à porta 
a ação do ser, enfim ... 

mas foi nessa reviravolta 
no contato com o que deixei à porta 
que te vi no ser que sou 

é uma redondilha, rotundum em nós, sim 

sentindo que versando, você como é, 
não sou sozinho e somos sem significado algum 
tão semelhantes e mais fundo, 
abandonamos as semelhanças para nossa igualdade, por fim 
que recomeça na infinitude do giro 

... essa estrada, nomeada como queiram 
a melodia de uma sonata no ar, pra mim! 

(Kátia de Souza – 24-04-2020)