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| Imagem de Kátia de Souza |
Ouvia-se distante, tudo aquilo, no jardim – eram pousos entre flores, pétala a pétala... volitava, ela e seu perfume em cor e brilho, e a cada voo, as lonjuras ou proximidades, eram o menor dos seus problemas. Afinal, no ar, captam-se “imagens-formas”, expressões palpáveis da sua etérea presença. E sob o olhar atento (desses que se abrem para dentro e nesse íntimo abraça todo o resto) a atrair-lhe, como num chamado, a Musa, entoando seu canto em versos – partes tuas a florir cada alçar e pouso, daquela que seria sua mensageira ou ela, sua fantasia mais inebriante. Tudo isso para falar de um tempo e um lugar inexistente, mas tão real quanto às efemeridades dos pensamentos.
E foi assim que nasceu, “Ensaios de um Novo Tempo”.
(Kátia de Souza em esboços de "Ensaios de um Novo Tempo")
28-01-2020
